ARTRITE REUMATÓIDE: É A SEGUNDA MAIOR CAUSA DE ARTRITE CRÔNICA
SAIBA COMO TRATA-LA
A artrite reumatoide é a principal doença inflamatório articular, tem uma prevalência de aproximadamente 1% (0,15 a 1,7%) da população mundial. No Brasil um estudo de 2004 mostrou uma prevalência de 0,46%. Sua incidência anual mundial é de aproximadamente 0.1-0.2/1000 em homens e 0.2-0.4/1000 em mulheres.
Ocorre em qualquer idade, de crianças a idosos, porém com pico de incidência entre 35 e 55 anos, e sua prevalência aumenta com a idade. Acometem todas as raças e ambos os sexos com uma distribuição 2,5 vezes maior no sexo feminino. Não há descrição de sazonalidade confirmada (aparecimento de doença conforme as estações do ano). Estudos genéticos em famílias com artrite reumatóide mostraram uma predisposição familiar, e estudos com gêmeos univitelinos mostraram uma frequência de concordância entre os irmãos (isto é, aparecimento da doença nos dois irmãos) de 15 a 30%.
A artrite reumatoide é uma doença:
• Sistêmica (acomete articulações, tendões, bursos podendo comprometer outros órgãos como pulmões, vasos, nervos);
• Crônica (trata-se de doenças crônicas do primeiro dia do diagnóstico, ou seja, não tem cura);
• Recidivantes (com períodos de melhora e/ou piora);
• Inflamatória (leve dor, vermelhidão, aumento volume e rigidez articular mas, com os novos tratamentos é possivelmente controlada e o
paciente pode ter uma vida normal);
• Autoimune (grupo de doenças caracterizadas por uma anormalidade imunológica em pessoas geneticamente predispostas em que
o sistema de defesa do paciente passa a atacar diferentes órgãos e tecidos dele mesmo);
• De causa ainda não esclarecida;
• Que pode resultar na destruição articular progressiva, levando a deformidade, incapacidade e, até mesmo, morte prematura,
(por complicações cardio-vasculares);
• Prejudica a qualidade de vida.
Relevância da Artrite Reumatoide:
• É a mais comum das artrites inflamatórias;
• É o tipo mais comum das artrites autoimunes, (pode iniciar com mal estar, fadiga e febre antes do comprometimento articular);
• É a segunda maior causa de artrite crônica, logo atrás da osteoartrite (ou osteoartrose, uma artrite também potencialmente incapacitante);
• É a maior causa de poliartrite (inflamação de múltiplas articulações) crônica inflamatória;
• É uma doença que compromete a capacidade do indivíduo em exercer suas atividades diárias, seu trabalho, bem como afeta sua qualidade
de vida;
• È uma doença com grandes custos pessoais e financeiros, assim como um custo significativo à sociedade, pois dentro de um ano após
o início da doença. 10% dos pacientes param de trabalhar e após 10 anos, 50% param de trabalhar.
O principal objetivo do tratamento é a redução da dor, prevenção das deformidades e remissão, ou seja, a doenças estar totalmente controlada do ponto de vista Clínico, Laboratorial e Radiológico. Uma boa relação médico-paciente é fundamental para o sucesso terapêutico, uma vez que temos principais objetivos como: a preservação da função articular e prevenção da incapacidade.
A avaliação da melhor droga para cada paciente deve ser feita pelo reumatologista, que vai indicar a melhor combinação de drogas para controlar a atividade inflamatória da doença e retardo ou prevenção do dano estrutural articular.
O tratamento é de longo prazo e por muitas vezes, para a vida toda. O resultado da ação dessas drogas pode levar de semanas a meses. Uma vez iniciado o seu uso, todos os medicamentos para artrite reumatóide, de anti-inflamatórios a agentes biológicos, exigem monitoramento clínico e laboratorial em consultas regulares com seu reumatologista.
Não existe até o momento cura para esta doença, mas a terapêutica atual pode dar ao paciente alívio dos sintomas, redução e até parada na progressão da doença e melhora da função das articulações com reintegração social do paciente e boa qualidade de vida.
Novos remédios conhecidos como, terapia biológica, que são medicamentos desenvolvidos por biotecnologia, agem na cascata inflamatória impedindo que as células e/ou substância que lesam as articulações atuem.
São anticorpos contra as substâncias que provocam a inflamação (ex: interleucemia – 1, interleucemia – 6, fator necrose tumoral – gama, interleucemia – 17, entre outros).
Hoje temos a oportunidade em oferecer a estes pacientes um tratamento de alto nível, impedindo que suas vidas sejam comprometidas.
Além dos medicamentos, é importante um programa de exercícios estruturados e órteses com eventuais cirurgias reparadoras podem ser necessárias.